domingo, 19 de junho de 2011

Ceará na Segunda Guerra...

No ano em que são comemorados os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, mais uma vez a participação do Ceará no conflito volta às discussões: como o Estado reagiu, as consequências, a presença norte-americana em Fortaleza, o quebra-quebra de estabelecimentos de estrangeiros no Centro, as marcas da guerra, as impressões que permanecem ainda hoje com a memória de quem participou dos eventos. Quem saiu do Ceará para guerrear na Europa lembra - mesmo que vagamente - as estratégias francesas para atacar e se defender. Aos 85 anos, o pracinha Expedito Jorge ainda guarda detalhes de quando foi convocado para ir à Itália. Das notícias de rádio, a guerra passou à rotina da sobrevivência. Após quase 15 dias de viagem, chegou ao destino em 22 de fevereiro, um dia depois da batalha no Monte Castello. Embora já se falasse que a guerra estivesse ganha, Expedito e seus companheiros foram treinados por um mês e meio. "Fui só no finalzinho, mas marcou minha vida: a disciplina, a ordem, o acampamento, a prontidão", destaca. Assim como o pracinha Expedito, a memória de quem participou de eventos relacionados à Segunda Guerra hoje é considerada um patrimônio. Tanto que, na semana passada, o Memorial da Cultura Cearense lançou, por meio do Centro Cultural Dragão do Mar e com apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Funcap), o álbum fac-similar "O Quebra-Quebra de 1942 em Fortaleza", de Thomaz Pompeu Gomes de Matos, e o livro "Memórias de um Dia".
Na ocasião, uma sequência de acontecimentos (passeatas, comícios, notícias censuradas da guerra) fez uma multidão invadir o Centro de Fortaleza para concretizar suas revolta e pressão para que o País se posicionasse em relação ao conflito.

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